DIA MUNDIAL DE COMBATE A HIPERTENSÃO ARTERIAL
Aproveitamos a data para falar sobre um tema muito importante e que gera muitas dúvidas no dia a dia dos pacientes com essa doença crônica e responsável por muitas mortes em todo mundo. Como a mudança de hábitos deve vir antes do tratamento com remédios e a dieta é fundamental nessa mudança de hábitos. Afinal o que fazer na dieta do hipertenso? Basta reduzir o sal?
APENAS REDUZIR O SAL?
A nutricionista Rivany Ornelas nos fala um pouco mais da dieta na Hipertensão.
” Nesse momento refletimos um pouco mais sobre essa comorbidade tão comum no mundo e também em nosso país, e pensamos, enquanto profissionais de saúde, o que mais podemos fazer para reduzir essas prevalências. Incentivo a atividade física, alimentação saudável, novos medicamentos …. como podemos contribuir para melhorar a qualidade de vida dos portadores dessa doença?
DIETA DASH: A DIETA DA HIPERTENSÃO
Por isso, há alguns anos, nos Estados Unidos, foi desenvolvido um estudo com alguns alimentos e nutrientes específicos, a fim de analisar o que mais poderíamos mudar na alimentação para contribuir com o controle da pressão arterial. Já sabemos que alimentos industrializados e multiprocessados são riquíssimos em sódio, até por que, esse nutriente aumenta a “vida de prateleira” do produto, ou seja, a sua validade. Mas será que apenas a sua redução é suficiente? Será que uma dieta específica seria útil nesse contexto? O estudo analisou então a DASH (Dietary approaches to stop hipertension ou Abordagens dietéticas para parar a hipertensão), e concluiu que uma alimentação rica em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio, como frutas, legumes, feijão, nozes, laticínios e grãos integrais pode reduzir automaticamente a ingestão de sódio.
A dieta DASH é simples e fácil de ser seguida.
Vamos ao que é necessário incluir durante o dia:
4 a 5 porção de vegetais, de preferência folhas; até 8 porções de carboidratos integrais (farelo de aveia, pão integral, arroz integral); até 5 porções de frutas, de preferência aquelas com baixo índice glicêmico (uva, morango…); 3 porções de laticínios, de preferência aqueles com baixo teor de gordura (leites desnatados, queijos brancos e derivados.); até 6 porções de carnes magras (frango ou peixe).
Também é necessário restringir o consumo de molhos e temperos industrializados, moderação no consumo de alimentos ricos em colesterol e carne vermelha, bem como embutidos e vísceras e preferir óleos vegetais como azeite e temperos naturais, como alho e gengibre.
No entanto a aderência deste plano alimentar ainda é pequena, possivelmente porque seu principal objetivo é manter o equilíbrio dos macro e micronutrientes, e não perda de peso (não deixando de ser uma consequência da mudança do padrão alimentar). Quando falamos em dieta, automaticamente pensamos em emagrecimento e ganho de massa muscular, e a não alteração no peso corporal total pode ser um fator desestimulante para manter a dieta DASH.
É importante ressaltar que o emagrecimento também contribui bastante com o controle da pressão arterial, mas sempre com acompanhamento médico e nutricional, dietas muito restritivas, quando não orientadas, podem ter efeito rebote além de não serem sustentadas por longos períodos. ”
Consulte seu cardiologista e seu nutricionista e discuta com eles os benefícios deste tipo de dieta.